Gosto muito de gastronomia mexicana... Bem sou fã de margueritas é melhor começar assim, e convém ter comida a acompanhar.
Fora de brincadeiras, há uns dias experimentar o restaurante Las Ficheras no Cais do Sodré em Lisboa. Sendo Verão e hora de almoço o restaurante não estava cheio. À noite a casa deve estar mais composta.
Falando na casa, adorei a decoração. Aqui não há os sobreros e mariachis que habitualmente decoram os restaurantes mexicanos por estas bandas, como se entrassemos numa cantina de um western dos anos 50. Neste campo Las Ficheras marca pontos pela originalidade e modernidade.
Exitem inúmeras máscaras dos míticos luchadores da lucha libre mexicana, a versão "hispânica" do wrestling. As máscaras são muito usadas na lucha libre. Inicialmente eram simples com cores para distinguirem um lutador de outro, actualmente são muito mais coloridas e com desenhos de animais, deuses, heróis antigos qual máscara cerimonial azteca e identificam o luchador durante a sua carreira. As máscaras estão dispostas em pequenos nichos ao longo de todo o restaurante, conferindo um ambiente underground ao espaço.
Ainda no campo da decoração, além das máscaras há algumas imagens de Caveiras do Día de los Muertos, coloridas, floridas, estilizadas como é suposto serem. Ao contrário da visão europeia das caveiras, a caveira mexicana simboliza a vida e afasta os maus espíritos.
Os couverts do restaurante inclui cacahuates enchilados (amendoins tostados e temperados com sumo de citrinos e chili) para quem gosta de picantes, escabeche de hongos con chile (cogumelos temperados e marinados em molho vinagrete e chili) menos picante e os tradicionais totopos (chips de milho). Com o dia estava quente e o apetite não era muito, não me aventurei elas entradas para puder experimentar os prato principal. Escolhi Flautas de pollo composto por três tortilhas de milho estaladiças, recheadas com frango, queijo fresco, acompanhadas de “salsas verde e roja”, ou seja couve roxa alface laminhadas. O prato estava muito bom fresco e "fugiu" às feijoadas e molhos de natas que mais comuns.
Ah e obviamente a bebida foi a Marguerita La Fichera, no seu formato tradicional, mas com a inovação de ter pimenta de caiena no rebordo do copo para além do sal. Um toque bastante interessante!
O serviço foi bastante bom, o staff é simpático e os tempos de espera perfeitamente normais para a confecção no momentos. Fiquei com vontade de lá voltar e experimentar novos pratos.