Fui ver Os Improváveis...
... e adorei, pois claro. Como já tinha dito antes, gosto bastante do género de comédia de improviso. Conseguir fazer uma história que faça (algum) sentido a partir de sugestões do público dadas no momento, acho que é um excelente trabalho de criatividade dos actores.
Da minha experiência enquanto espectadora, é que nos espetáculos deste género existe quase sempre o engraçadinho de serviço: um espectador que acha que tem mais piada que os actores que estão em palco. No grupo de amigos deve ser o bobo da corte e alguém lhe disse “oiça, Carlos você é tão divertido! Aahahah! (riso colocado) Devia ver aquela peça que está no Auditório dos Oceanos, os Improváveis, eles pedem sempre a ajuda do público. Você é tão engraçado tem que participar!” E então o Carlos (nome mais ou menos fictício) lá vai ver o espetáculo, a pensar que vai ganhar um Tony (isto porque os Oscares são para o cinema) com a sua participação na peça. E logo aos primeiros minutos dá nas vistas... Até que os actores fazem uma brincadeira com o público, e o “comediante da assistência” tem de ficar 5 minutos de pé em frente à audiência a fazer macacadas, e passa-lhe logo a veia artística. É que isto de fazer rir e ter humor não é dizer umas piadolas de vez em quando... É algo que dá trabalho e requer método...
Introdução à parte, o espectáculo A Fábrica de Os Improváveis está dividido em vários “jogos” (pelo menos no dia em que fui ver). Sempre com a participação público, incicialmente foi pedido a um espectador que fizesse um resumo de um filme, que depois os três actores em palco tiveram que dar vida, numa versão, direi... algo alternativa. Ao fim de várias gargalhadas, a história lá chegou ao fim com a participação em palco de outros espectadores (hum, mas desta vez o candidato ao Tony, não se voluntariou... Aliás, não se voluntariou mais o resto do espectáculo).
Em outras histórias, os actores tiveram que juntar estilos como musical, drama, comédia, western, séries de TV, e muito mais numa história cujo tema foi dado, claro está pelo público. Há ainda o jogo em que os 3 actores tem personagens distintas e histórias diferentes que actuam em monólogo, mas que podem interagir entre eles criando uma história diferente, mas a qualquer momento podem ter que voltar ao monólogo inicial. Confuso? Um pouco. Hilariante? Sem dúvida.
Bom, mas não vale a pena fazer uma descrição exaustiva da representação que fui ver, já que cada performance é diferente. Têm dúvidas? Então, vão amanhã até ao Auditório dos Oceanos e tirem teimas.
(Notas: fotos retiradas do site de Os Improváveis)