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Universe Blast

Universe Blast

Swatch + Joana Vasconcelos =

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Tenho sempre algumas (para não dizer muitas) reservas sobre os trabalhos da Joana Vasconcelos. Sem, a senhora já está farta de ganhar prémios lá fora e sei lá que mais, mas confesso a minha limitação intelectual para acompanhar a qualidade artística. Mas tenho uma certa simpatia pela senhora devido à sua filiação futebolística!

 

Ora quando comecei a ouvir falar da colaboração dela com a Swatch fiquei intrigada. Desde o inicio, sempre adorei os relógios desta marca: inovadores, divertidos, joviais. Algumas edições especiais deixaram um bocadinho a desejar, mas mantenho-me fã.

 

Fiquei bastante feliz quando vi a criação para a linha Art Special, que já teve relógios criados por David La Chapelle ou Vivienne Westwood. “Look Easy” é o nome da criação de Joana Vasconcelos, com filigrana de metal, revestimento dourado, bracelete em silicone preto mate. Esta edição limitada da Swatch, apenas com 999 exemplares, envolveu o trabalho de artesãos do norte de Portugal, especialistas na técnica de filigrana, e o apoio dos relojoeiros da Swatch.

 

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O relógio, à venda por 265 euros com uma embalagem especial evocativa de um exclusivo estojo de joias em veludo preto e forro dourado. 

(O meu aniversário é já no próximo mês, ora se precisarem de sugestões...)

Diz que amanhã é Halloween...

Desde miúda que o Halloween me fascina. Adorava aquela fantasia das séries e filmes em que nas escolas, nos bairros, toda a gente, se mascarava de figuras de terror e andavam a bater às portas a perguntar “trick or treat?” Ok, essa parte pode ser um bocado parva, mas a parte das máscaras tem piada e felizmente sem matrafonas como acontece no Carnaval

 

No entanto, por altura dos meus pre-teens ainda era um bocado gozada por gostar desta tradição americana que não tinha nada a ver com o nosso Portugal. Pois bem, como sou teimosa comecei a investigar e descobri que por cá havia o costume de pedir o Pão-por-Deus no Dia de Todos os Santos (1 de Novembro). Se calhar não somos assim tão diferentes... E fui investigar um pouco mais e...

 

Embora, isso pouco ou nada tenha a ver com as celebrações celtas que deram origem ao Halloween. Originalmente, o Halloween não tinha relação com bruxas, era uma celebração pagã celta que marcava o fim do Verão, assim como a festa dos mortos. A verdade é que muitas destas teorias são suposições, pois pouco ou nada se sabe das religiões druidas e celtas antes da cristianização.

 

Além desta origem pagã, o Halloween até tem uma origem bastante cristã. No início da cristandade foi instituída a celebração de Todos os Santos a 1 de Novembro). Era uma grande celebração que começava com uma vigília no dia anterior (31 de outubro). Na tradução para o inglês (país de “origem do Halloween), essa vigília era chamada “All Hallow’s Eve” (Vigília de Todos os Santos), que foi aglutinando para uma palavra nova. Ora nós celebramos o Dia de Todos os Santos... Bem já não, porque desde há 4 anos deixou de ser feriado, e somos muito mais produtivos desde então.

 

Da celebração inicial do Vigília de Todos os Santos (Dia das Bruxas é uma designação lusa) ficou apenas a remota ligação à celebração dos mortos, mas como uma espécie de Carnaval no Outono.

 

Agora, já não tenho vontade de andar de casa em casa a pedir doces ou a prometer travessuras. Mas um ajuntamento de amigos à volta de uma boa garrafa de vinho e ver filme de susto até pode ser um programa equacionável.

 

Melhor ainda: inspira-me nas sugestões de moda infantil da H&M para um Halloween mascarado mas em bom!

 

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Vamos tomar um Moscatel?

Já visitei as caves do produtor José Maria da Fonseca há vários anos. Lembro-me de passear nas adegas dos Teares Novos e dos Teares Velhos e ver aqueles barris enormes. Sem esquecer a prova no final!

Como hoje começa um evento sobre vinhos, quando vi esta novidade não pude deixar de destacar. Além dos vinhos de mesa José Maria da Fonseca é o mais antigo produtor de Moscatel de Setúbal, e tem novidades nesta área: o Alambre Moscatel Roxo 2010.

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O Moscatel Roxo de Setúbal é feiro a partir de uma uva rara, que chegou a correr riscos de extinção no século passado. Apesar de se poder considerar similar à sua homónima branca, a sua aparência é bem diferente em virtude da sua cor roxa. Também no aroma e paladar são uvas bastante distintas. Estou mortinha para experimentar esta raridade. E vocês?

Sim salabim e pós de perlimpimpim...

Era mais ou menos desta forma, com as palavras mágicas de " Sim salabim e perlimpimpim", que o meu pai, quando eu era criança, me explicava como se faziam os truques de ilusionismo. Explicação que me deixava deveras irritada! Embora sendo mágico nas horas vagas, ele nunca me ensinou magias, mesmo com muito insistência da minha parte. E olhem que tentei procurar os segredos dos acessórios de ilusionismo lá em casa. (Uma procura com muito jeitinho que era para não deixar rasto e a minha busca não ser descoberta).

 

Mas, embora nunca tempo entrado no circulo de sabedoria ancestral dos Mágicos, Ilusionistas e C.ª, sempre gostei deste tipo de entretenimento. Seguia quase religiosamente os programas semanais do David Copperfield na televisão (isto também era no tempo em que quanto muito haviam 4 canais).

 

Ao vivo, tirando os espetáculos familiares do meu pai para a família ou grupos de amigos, também é verdade que nunca assisti a nenhum. Mas talvez seja a altura de colmatar esta falha no meu curriculum, já que entre 26 de Dezembro e 3 de Janeiro, Mário Daniel, vai apresentar o espetáculo Fora do Baralho, no Auditório dos Oceanos.

 

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“Fora do Baralho” conta a história de um mágico que trabalha arduamente no seu ateliê para a produção do seu próximo espectáculo. Nesse mundo existem outras personagens: a empregada que detesta ver tudo desarrumado e o artesão das ilusões de Mário Daniel que em conjunto vão criar momentos de magia e diversão.

 

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Pensando melhor, acho que já sei o que hei-de oferecer ao meu pai de prenda de Natal. Até ao Dia de Reis é altura de receber presentes!

 

Halloween no Minho

O fim de Outubro é sinónimo de Dia das Bruxas, ou melhor noite de Halloween!

E para o celebrar de forma arrepiante o Hotel do Minho tem um programa especial para este fim-de-semana. O Hotel preparou um programa infantil para os mais pequenos com Pinturas Faciais, Modelação de Balões, Atelier de Desenho e muita doçura com travessuras da Bruxa Má.
 Na escuridão da noite, estarão espalhadas abóboras terrivelmente iluminadas.

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No sábado, o restaurante Braseirão do Minho, contíguo ao Hotel tem um cardápio arrepiante do qual constam iguarias como “Entrada Malvada da Bruxa”, “Tentáculos de Polvo em Azeite de Bruxa”, “Tornedó de Lombelo sobre Teia de Grelos e Assombrado de Cenoura” e para Tentação Doce da Bruxa Má.

Atrevessem-se a ter um Halloween diferente?

Top 10: Onde ver as cores do Outono

O National Geographic tem rankings de locais de sonhos. Desta vez encantei-me pela lista de pontos de interesse para ver as cores do Outono. E claro, o nosso Douro não falta!

 

Sonoma, Califórnia, EUA

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Somona County na Califórnia conta com mais de 400 explorações vinícolas, estende-se pela costa do Pacífico, e é relativamente próximo de São Francisco com a sua emblemática Golden Gate Bridge. A região também tem grandes florestas, por isso além das cores das vinhas, as florestas estão pintadas de Outono.

 

Norte do Novo México, EUA

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Outro “spot” nos EUA (começo a desconfiar destas listagens...). Para mim Novo México era o cenário habitual de alguns western dos anos 50. Por isso, quando vi o ranking da National Geographic fui pesquisar. O Norte do Novo México tem o seus encantos. No sopé das Montanhas Rochosas, é uma terra onde ainda se respira o misticismo dos povos Índios da América do Norte e o “Circulo Encantado” (Enchanted Circle) que se estende entre as cidades de Taos e Red River, tem paisagens deslumbrantes que se tornam douradas entre Setembro e Outubro.

 

 Holmes, Ohio, EUA

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No coração do estado do Ohio, reside a tradicional e conservadora, mas muito mediática comunidade Amish. Este ranking do National Geographic destaca esta região pela sua paisagem, com grandes carvalhos e ácer que ladeiam as estradas que serpenteiam por entre campos de milho. Nesta altura do ano a paisagem ganha tons vermelho e dourado vibrantes.

 

Península Gaspé, Québec, Canadá

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Mantendo a viagem pela América do Norte, a Península de Gaspé no Québec as folhas de ácer tornam-se na imagem viva da bandeira do Canadá, à beira das águas azuis do golfo de St. Lawrence. Cenário digno de postal ilustrado.

 

Douro, Portugal

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Olha para mim toda contente! Sim, o vale do rio Douro figura nesta lista da National Geographic. No Outono, as vinhas das encostas mais carismáticas do país, pincelam as margens do Douro de vermelho, laranja e amarelo. E nada melhor que desfrutar desta paisagem a saborear um excelente vinho do Porto.

 

Baviera, Alemanha

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Região situada no sul da Alemanha, a Baviera parece o cenário de uma história da Heidi, com as florestas alpinas e os cumes das montanhas salpicados de neve. Nesta região pode fazer-se o trajecto da “Romantische Straße” (“Estrada Romântica”), passando pela região vinícola de Francónia (bem, os alemães têm de aprender a fazer vinho com quem sabe), e percorrendo cidades medievais que se mantem intactas como Rothenburg ob der Tauber e Dinkelsbühl.

 

Transilvânia, Roménia

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Nada melhor que entrar no espírito de Halloween com uma visita à “pátria” do Conde Drácula: uma região repleta de castelos medievais, florestas e luares misteriosos.... Uhhhhhh!

 

Moscovo, Russia

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Moscovo põe em causa o estereótipo de metrópole cinzentona. Os parques e jardins dos antigos czares estão abertos ao público e pintam a cidade com as tonalidades do Outono.

 

Vale Jiuzhaigou, Província Sichuan, China

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No Vale de Jiuzhaigou encontra-se a fauna e flora mais diversificada da China. E no Outono a natureza.

 

Kyoto, Japão

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No Japão existe uma tradição chamada koyo que significa admirar folhas. E um dos mais populares locais para koyo é Kyoto, na ilha de Honshu, onde telhados dos templos são recortados pelas cores vibrantes das folhas das árvores, numa cidade imperial com séculos de história.

Franjas, franjinhas e franjolas, mas não no cabelo!

Parece que por este Outono/Inverno um dos “must” da moda são os acessórios e peças de roupa com franjas. Confesso que adoro as saias ou vestidos justos com franjas a lembrar os Loucos Anos 20. A versão franja em roupa tipo westrern não faz muito o meu género. Mas a verdade é que em ambas as versões as franjas estão de volta neste Inverno. Malas, blusões, sapatos podem ficar muito interessantes e ser uma peça arrojada num look mais tradicional.

 

Aqui ficam algumas sugestões que encontrei:

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Zara Blusão preto em Pele com Franjas: €129

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Zara Botim preto em Pele com franjas: €59,95

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Zara Bota em Pele Bege cano alto com Franjas: €89,95

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Zara Mala de Tiracolo com Franjas: €39,95

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Zara Sandália Tricolor com Franjas: €59,95

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Zara Saia Preta com Franjas: €39,95

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Zara Mini-saia Azul com Franjas: €22,95

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H&M Mini-saia Verde com franjas: €34,99

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H&M Vestido Preto com franjas: 59,99 € 

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H&M Mala de tiracolo com franjas: €29,99 

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H&M Saia Cinza com franjas: €39,99

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Parfois Lenço Big Fringes: €16,99

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Parfois Mala de traçar Arrifana: €22,99

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 Suite Blanco bandoleira preta com franjas

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 Suite Blanco Camisola Branca Franjas: €9,99

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Suite Blanco Top com Abertura nas Costas e Franjas: €19,99

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Suite Blanco Vestido preto com Franjas nas Mangas: €22,99

 

 O que acham destas propostas? Alguma vai ter um lugar especial no vosso roupeiro?

 

 

 

 

 

Encontro de ‘Vinho e Sabores’ no próximo fim-de-semana

Já há alguns anos que gosto de ir ao “Encontro com o Vinho e Sabores”, organizado pela Revista dos Vinhos, reminiscências do tempo em que a minha redacção era ao lado dos colegas dos vinhos.

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A edição deste ano decorre a partir desta sexta-feira, 30 de Outubro até 2 de Novembro, no Centro de Congressos em Lisboa, na Junqueira. É o mais antigo e maior evento vínico e gastronómico do país, onde vinhos, gins e outras bebidas destiladas e espirituosas se juntam a sabores nacionais, mas não só, para proporcionar momentos de prazer a quem por lá passar.

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O ‘Encontro com o Vinho e Sabores 2015’ vai a ocupar três pavilhões do Centro de Congressos. A porta de entrada dá acesso ao Pavilhão do Rio onde o vinho é “rei e senhor”. Os gins e outros destilados vão fazer companhia ao vinho, em espaço próprio situado nas galerias.

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Num segundo espaço vão conviver os sabores. Queijos, fumados, enchidos, azeites, doces, delicatessens e muito mais, com os acessórios de vinho e uma zona lounge, onde se pode desfrutar de snacks, de um bom copo de vinho ou, simplesmente, descansar.

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O terceiro pavilhão vai ser o palco de actividades paralelas, como provas especiais, seminários e iniciativas promovidas por entidades do sector.

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Um dos pontos altos deste evento são as “Provas Especiais”: pequenos seminários com provas de vinhos especiais e, em alguns casos, raros e preciosos, orientados por especialistas que ajudam a contar as histórias e a descobrir os segredos que tornam estes néctares ímpares. Este ano são oito e comportam vinhos portugueses, mas também estrangeiros.

 

No site do evento, podem encontrar detalhes sobre a programação e actividades.

Já ia de férias outra vez... "Recuerdos" de Saïdia

Sim, sim devem estar a pensar: “ainda agora regressaste de férias, já estás a pensar na ronha novamente?” Sim, ia já no primeiro avião para qualquer lugar do mundo e seria muito mais produtiva quando regressasse. Aliás sou apologista que todos os meses tivessem pelo menos um fim-de-semana de 3 ou 4 dias para uma escapadinha da rotina. E com os dias assim mais farruscos, lembrei-me da minha semana de férias em Saïdia, Marrocos, este Verão, com calorzinho.

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Com uma praia de 14 quilómetros de areia fina e uma bela baía, Saïdia é conhecida em Marrocos como a “Pérola Azul do Mediterrâneo” e é um destino que começa a atrair os apreciadores de praia.

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Saïdia é uma estância balnear na costa mediterrânea de Marrocos, quase coladinha à fronteira com a Argélia. A localidade começou a ser desenvolvida para estância balnear há poucos anos, por isso não pensem que vão encontrar muita coisa sobre a história de Marrocos. Para isso há outras cidades e circuitos. Em Saïdia temos o binómio “Praia e Descanso”, que era mesmo o que que queria em Agosto. (E já me apetecia novamente)

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Fiquei alojada no Be Live Collection Saïdia, um resort com todas as comodidades para passar umas férias tranquilas. E esqueçam os clichés de que os árabes não vão à praia. Saïdia é também uma estância balnear para os marroquinos e eram vários os que estavam alojados no hotel. É certo que haviam muitas marroquinas de fato de banho completo (e quando digo completo é mesmo uma espécie de fato de treino tapadas da cabeça aos pés), mas também havia muitas perfeitamente tranquilas com o seu biquíni. É um facto que Marrocos não é um país árabe totalmente laico, mas certamente é dos mais “ocidentalizados”. Vêem-se algumas mulheres de véu, mas muito poucas (muito poucas mesmo) de burka. Aliás posso dizer-vos que foram mais as que vi com uma indumentária europeia do que as que envergavam a burka. Mas, claro está, eu não estive a passear por Marrocos “profundo” e sim numa estância balnear.

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Voltando ao resort, as suas duas piscinas foram o meu “spot” principal durante aquela semana. Ah e a praia, claro! Uma das piscinas mais animada e movimentada (onde os animadores promovem as actividades de lazer para os hóspedes) e com a piscina para crianças e a outra noutro lado da estância mais tranquila com menos música e barulho... Ideal para dormir a sesta antes e depois do almoço, ler um livro sem barulho... Efim, descanso.

Além disto, também podíamos ir até à praia, em frente ao hotel, nas áreas reservadas ao resort. A água quente do Mediterrâneo fez-me desesperar quando cheguei a Portugal e senti o fresquinho do oceano.

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Claro que não podia ficar fechada no resort todos os dias. E vai daí demos um saltinho até à marina. de A marina de Saïdia está um pouco abandonada. Nota-se que foi feito um investimento de modernização, mas a verdade é que não se mudam usos e costumes por decreto e ainda levará alguns anos até que comece a ter movimento que a sustente. No entanto, é possível aprender a fazer vela, mergulho e esqui aquático, pois aqui encontram-se uma série de escolas da especialidade. Porém, é sempre melhor confirmar com o hotel quais as escolas que recomendam.

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E agora são 5 horas de autocarro, sff...

Ora loucura das loucuras, num dos dias, eu e os meus amigos achamos que seria uma ótima ideia conhecer mais a cultura marroquina e nada diz mais isso do que a cidade de Fez...

E ponto, um dos dias lá fomos nós, de autocarro até Fez... Acordar às 5h da manhã para uma viagem de cerca 400Km... mais ou menos 5 horas de autocarro. Mas tenho que salientar que a autoestrada era boa e o autocarro também. Nada de caminho de cabras e camioneta de caixa aberta.

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Uma cidade fundada no século VIII d.c., já foi a capital de Marrocos. São séculos de história que parecem imutáveis nas ruas da medina. No interior da cidade antiga de Fes está localizada a Universidade al Quaraouiyine (actualmente uma mesquita) e que é a mais antiga universidade do mundo criada em 859d.c., por Fatima al-Fihri.

Sim, a primeira universidade do mundo, foi fundada no mundo islâmico por uma mulher (o que acho que faz pensar no que raio anda aquela gente daquelas bandas a pregar nestes dias). Na nossa bela Europa, por essa mesma altura, a quase totalidade das mulher era analfabeta e as “escolas” eram os seminários da Igreja Católica, onde o ensino era apenas teológico. É óbvio que a universidade tinha uma mesquita. Mas estamos a falar de 859d.c., onde a separação entre religião e ensino não era grande. Contudo, a universidade foi aberta por uma mulher alfabetizada e além de teologia também se ensinava, medicina, astronomia, matemática...

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A medina velha de Fez tem milhões de ruas, é um autentico labirinto, e para quem gosta do género é de facto, um prazer perder-se naquelas ruas e vielas (com guia, claro).

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Fez alcançou o seu apogeu nos séculos XIII e XIV, sob a dinastia dos Marinid, quando era a capital do reino de Marrocos, substituida depois por Marrakech (também muito bonita com o seu tom ocre). Os monumentos principais, as escolas, os funduks, os palácios, as mesquitas, as fontes, são quase todos dessa época. A capital política de Marrocos é Rabat desde 1912, mas Fez continua a capital centro cultural e espiritual do país. A cidade é Património Mundial da Humanidade desde 1981.

No interior da medina há autenticas joias de arquitectura. Infelizmente não pudemos visitar as mesquitas por dentro pois é algo que está limitado aos fiéis islâmicos (ao contrário do que acontece na Turquia, mas isso fica para outro post).

 

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Podemos visitar uma medrasa ou madrasa, a Medersa al Bounania. De acordo com o guia existe uma diferença no tipo de escola: umas são de ensino religioso, as outras são para o ensino “normal”, mas como não tirei notas na aula já me esqueci de qual é qual. A madrasa que visitamos já está “desactivada”, tinha a zona de oração e as celas dos alunos eram em tudo semelhantes às celas dos monges e freiras dos nossos mosteiros e conventos: minúsculas, despidas e “frias”.

Arquitectonicamente o trabalho de escultura em pedra e madeira nas zonas “publicas” é simplesmente maravilhoso. O Mausoléu de Moulay Idris também é um edifício lindíssimo, como na maioria das áreas religiosas da cidade, não-muçulmanos são proibidos de entrar ao santuário, mas é possível aproximar até a porta e tirar fotos e ter uma visão do imponente edifício.

 

O Palácio Real de Fez antes de chegarmos à cidade medieval é um dos maiores e mais antigos do Marrocos. Vale a pena ver os s portões do Palácio Real de Fez, não só para ver o seu brilho e beleza do trabalho de escultura em baixo relevo.

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Obviamente não podia ter ido a Fez sem passar pela zona de curtição de peles. E só vos posso dizer: se alguma vez visitarem, preparem o olfacto e aceitem calorosamente o raminho de hortelã que vos oferecem à entrada - vão precisar! Os lagos de tingimento são um deleite para os olhos, mas o odor é nauseabundo!

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E se gostarem do artesanato marroquino, vão “perder-se” nas lojas locais. Além dos curtumes, também visitei uma loja de têxteis e tapetes tradicionais, um dos ourives que fez a recuperação das portas do Palácio Real, e uma ervanária com todas as mezinhas e chás tradicionais para tratar todas as maleitas.

 

Mais doloroso foi o regresso... Mais 5 horas de viagem até Saidia, mas valeu a pena. Embora já tivesse visitado Marraquexe há vários anos, Fez tem o seu próprio encanto!

 

É claro que adorava visitar Casablanca, Meknes, Ouarzazate, subir os Atlas, ver as praias do Atlântico, mas tendo já lá ido duas vezes, acho que a minha próxima viagem ao norte de África deverá ser a outro país...

Vou só passar ali na Halcon Viagens para marcar!

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