Por onde começar...
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Um jantar de aniversário... Até me poderia ter sentido um pouco deslocada. Apena conhecia o aniversariante e a mulher. Mas adoro-os. São super queridos. Daquelas pessoas que passo meses, ou até anos sem estar com elas, mas quando nos encontramos parece que não passou mais de um dia desde a última vez que nos vimos.
Nesse jantar, informal, numa tasca mesmo tasca – não o restaurante gourmet da moda mascarado de tasca de bairro com reinterpretação de bitoque – dei por mim a pensar nele, e nesse momento apercebi-me o quanto era errado, o quanto éramos errado, estar com quem eu julguei amar.
Ele não se enquadrava ali... Naquele jantar, com aquelas pessoas... Onde eu estava perfeitamente, ele não estaria bem.
Se fosse a tasca fashion na zona hype da cidade, sim Mas não o restaurante de bairro que tratar pelo nome os clientes habituais, sabe quem prefere arroz às batatas fritas. Aquele restaurante onde basta um sinal para trazer os jarros cheios de vinho da casa para a mesa e não tem que se fazer sinal 50 vezes, até trazerem a nova garrafa e o copo para provar novamente antes de servir. Não, ele não encaixava num sítio onde as pessoas que estavam à mesa falavam alegremente do churrasco que fazem no Verão, junto à ribeira que passa no terrenos dos avós perdido no interior. Eventualmente se fosse um barbecue na quinta no Douro com flutes de champanhe para ajudar a suportar o calor.
Não, ele ficaria como peixe fora de água junto de quem vai abrir um negocio próprio, “porque está complicado arranjar empreso e lá no bairro o senhor da leitaria vai deixar o negocio e então decidimos pegar na pastelaria. Toda a gente toma café, não é?” Se fosse: “vamos abrir um restaurante com menu de autor na Avenida da Liberdade”, aí talvez...
Sim, de repente, do nada, no meio de pessoas maioritariamente desconhecidas, com os meus amigos, com os amigos dos meus amigos, percebi que aquele que eu pensei que podia ser uma grande parte da minha vida, era errado. Totalmente errado. Ou eu, ou ele teríamos que passar a ser outro, para estarmos juntos, ou então tínhamos momentos juntos e muitos momentos separados. E eu há uns anos tentei ser fingir algo que não era, para ser algo para alguém e, claro, não correu bem.
Se gosto da tasca fashion na zona hype? Gosto! Mas também não desgosto do restaurante que serve o vinho em jarro não por ser moda, mas porque sempre o fez dessa forma.
Se gosto de um cocktail ao fim da tarde na quinta centenária na encosta do Douro? Sim, se não tiver que fazer conversas de circunstância para poder desfrutar do ambiente. Máscaras e encenações, bastam-me as do dia-a-dia, do trabalho, do politicamente correcto.
Se gostei dele? Sim, sem dúvida, com todo o meu ser, mas o tempo ajudou-me a perceber que não era a pessoa para mim. E é interessante, que de repente numa situação aparentemente descabida, pequenos detalhes surjam, para mostrar que o que parecia tão certo em determinada altura, na verdade está completamente errado para o verdadeiro “eu”.
Os ténis habitualmente são usados com roupa mais descontraída e por vezes associados a algum desleixo na imagem e estilo. Mas a Victoria Beckman sabe usá-los e manter a elegância, mesmo de sneackers... Pode sempre aprender-se alguma coisita com uma ex-Spice.
Anel UNIKAT em ouro com ágata geode e ágata da Koshikira... Adoro!