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Universe Blast

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Documentário "American Idiot" chega ao cinema

"American Idiot" é um dos meus álbuns favoritos dos Green Day, por isso esta notícia do Blitz deixou-me feliz!

O documentário "Heart Like a Hand Grenade" mostra o  processo de composição e gravação de "American Idiot" , álbum editado pelos Green Day em 2004, vai chegar às salas de cinema norte-americanas a 15 de outubro, diz a Rolling Stone. Por cá é que ainda não há datas.

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"American Idiot" foi um sucesso de vendas e recebeu o  Grammy de Melhor Álbum Rock. Entretanto, o disco deu origem a um musical.

"Descarrilada": como o amor faz maravilhas

Já tinha visto o trailer e tinha alguma curiosidade em ver o filme. Amy Schumer é a comediante do momento nos Estados Unidos devido aos sketchs “Inside Amy Schumer” e à apresentação dos MTV Movie Awards. "Descarrilada" vive muito do humor da comediante embora com alguns clichés comuns das comédias românticas.

 

Amy (a personagem central do filme e vivida pela humorista e actriz Amy Schumer) encara os relacionamentos amorosos com alguma ligeireza. O medo do compromisso deve-se ao trauma de infância quando o pai, um típico player com centenas de relacionamentos, diz que a monogamia é um mito. A conversa do progenitor foi com Amy e a sua irmã, mas na idade adulta apenas Amy leva à letra o conceito anti-monogamia.

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Amy é uma espécie de Samantha Jones mas sem roupa de designers, e em vez de ser relações públicas, é jornalista numa revista masculina (ainda hei-de escrever um post sobre este fascínio que existe sobre as profissões ligadas à comunicação...) 

Amy leva uma vida despreocupada de compromissos amorosos, desinibida. Mas com o decorrer do filme apercebemo-nos que está postura é mais uma fuga, um medo de assumir compromissos do que um mantra de vida.

Um dia, na sua revista masculina, Amy tem que escrever um artigo sobre medicina desportiva, e entrevistar uma estrela deste campo: um jovem médico Dr. Aaron Conners, um profissional reconhecido na área, e que também tem os seus próprios problemas de relacionamento. Aaron é uma espécie de romântico, em busca da mulher dos seus sonhos. Os papéis estão algo invertidos naquilo que costumam ser os estereótipos das comédias românticas...

A dupla A&A começa a conhecer-se e rapidamente dos dois se apaixonam. Claro que há o momento da fuga: o choque da morte do pai torna Amy um pouco agressiva e a lua-de-mel entre os dois acaba e lá de vai o amor... Ou não depois de momentos de introspecção Amy decide "reconquistar" e tudo fica bem, quando acaba bem...

Não é de todos a melhor comédia que já vi, mas tem momentos engraçados e piadas relativamente inteligentes.

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"Mr.Holmes": uma nova versão do detective mais famoso do Mundo

Parece que está na moda agarrar em personagens de autores (mais ou menos) consagrados e reescrever a sua história. Foi isso que fez Erika Leonard James que agarrou nos personagens de Twilight e no seu blog os pôs a pinar como gente grande. (Ups! Pardon my french! Mas nunca disse que este blog era ara menores de idade.) O problema é que a autora de Twilght ainda está vivinha da silva e não gostou que os seus vampirinhos puros e castos começassem com brincar ao quarto escuro e a amiga Erika teve que mudar o nome dos seus personagens. Com enorme sucesso, ainda assim.

Mais sorte tem Mitch Cullin, já que Sir Arthur Conan Doyle já não está entre nós, e o seu Sherlock Holmes está livre para “fazer” o que quiser. Cullin pegou no fleumático Sherlock Holmes, envelheceu-o e tornou-o numa espécie de avozinho simpático que tem histórias para contar. Ou seja, humanizou-o. É certo que mantém alguma frieza e uma certa arrogância, característica do personagem enquanto jovem, mas consegue ser humilde o suficiente para admitir os erros. 

O filme “Mr.Holmes”, baseado no livro de Cullin, traz uma nova perspetiva da vida do detetive mais famoso do mundo. Passado no pós Segunda Guerra, temos um nonagenário Sherlock Holmes que enfrenta os lapsos de memória e as limitações físicas tal qual o mais comum dos mortais.

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A história decorre em 1947. Sherlock Holmes regressa de uma viagem ao Japão, onde, na senda para recuperar a lucidez, procura uma planta rara com poderosas propriedades curativas quase milagrosas. Na sua viagem ao Japão derrota do pós-guerra, Sherlock Holmes testemunha a devastação das bombas nucleares. De regresso à sua quinta em terras de sua majestade, o outrora prodigioso Holmes enfrenta os últimos dias a cuidar das suas abelhas, apenas com a companhia da sua governanta e de Roger, o filho desta.

A amizade entre Holmes e Roger cresce, um pouco a contragosto da mãe. É o pequeno Roger que ajuda o brilhante detective a enfrentar os receios da diminuição das suas capacidades mentais e recordar as circunstâncias do caso não resolvido que o obrigou a reformar-se. Aliás o pequeno Roger assume-se como um promissor sucessor de Dr. Watson como braço direito do grande detective. Na companhia de “mentes mais simples”, Mr. Holmes vai encontrar as respostas para os mistérios da vida e do amor.

Sir Ian McKellen faz (como sempre) um fantástico Sherlock Holmes: a postura, o andar altivo, a entoação enigmática e o olhar desdenhoso para os “pobres de espírito”. Laura Linney encarna perfeitamente a governanta e o pequeno Milo Parker compõe Roger - uma criança órfã de pai e que busca em Sherlock Holmes uma figura paterna.

Em suma, um filme a não perder embora não seja o enredo "tradicional" de uma história de Sherlock Holmes.

"Danny Collins" ou "as tretas que temos que fazer para pagar contas"

Era uma vez um promissor jovem cantor que se deixa engolir para indústria discográfica. Embora deixando de ter identidade própria enquanto músico, Danny Collins (representado por Al Pacino) constrói uma carreira sólida por quatro décadas e aparentemente tem tudo o que se pode desejar: dinheiro, fama, jacto privado, carros desportivos topo de gama, uma noiva com ar de coelhinha da Playboy e uma legião de fãs (já geriátricos) que o adoram e seguem religiosamente para todo o lado a ouvir as mesmas canções de sempre.

A vida monótona da estrela rock decadente volta a brilhar quando recebe uma carta que havia sido escrita por John Lennon, o seu ídolo e quem o inspirou a começar nas lides musicais. A partir daí desenrola-se a história de auto-descoberta de Danny Collins, numa tentativa de redimir erros passados e reencontrar-se consigo e com a sua música.

O restante elenco é composto por Christopher Plummer (o eterno Capitão von Trapp), na pele do manager e amigo de longa data, Bobby Cannavale, o filho rejeitado, Jennifer Gardner, no papel de "nora-soccer mom" de Nova Jérsia e Annette Bening, desaparecida do grande ecrã há já algum tempo.

Para mim Al Pacino faz uma excelente encarnação de cantor pimba decadente que quer tentar voltar a ter mão sua carreira. Mas tudo caí por terra quando o seu público fiel não o deixa sair da zona de conforto e o impele a cantar as mesmas cantigas de sempre. É aí que Danny Collins se depara com uma realidade que tantos de nós temos que enfrentar todos os dias: fazer o que gostamos realmente e arriscar a não ter tostão ou engolir os sapos do costume e continuar a fazer aquilo que nos paga as contas (e no caso dele as contas incluíam o jacto, os carros, desportivos, as festas...)

A banda sonora de Danny Collins está repleta de canções de John Lennon, o que por si só é uma mais-valia.

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"Danny Collins" é inspirado na história veridica de Steve Tilston, um cantor britânico a quem John Lennon escreveu, em 1971, após ter lido uma entrevista do aspirante a cantor/músico. Steve Tilston só recebeu a carta de Lennon 34 depois.