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Universe Blast

Universe Blast

Já perdi a conta...

Já perdi a conta às vezes em que me perguntaram: “Não te casas?”, “Então não arranjas ninguém?”

Como se o facto de estar sozinha fizesse de mim menos pessoa, menos gente. Não sou, nem nunca fui apologista da solidão. Mas sou apologista do estar bem só e tranquila comigo própria. São coisas totalmente diferentes. Bastar –me e não precisar de algo ou alguém para preencher algum vazio dentro de mim, algo ou alguém para Eu me sentir completa. Noto que isto é para muita gente um conceito estranho... Estar completa sozinha...

 

“Não fiques triste, hás-de encontrar alguém que te faça feliz!”

Mas porque raio não posso ser feliz sozinha? Desde quando é que para se ser feliz tem que se depender de algo que não depende de nós próprios? Porque é que é assim tão estranho estar bem sozinha? Sem ter nenhuma relação amorosa? Bem, com a quantidade de separações que já vi à minha volta, ou mesmo as uniões de circunstância, não me parece que a dois também seja o caminho da felicidade.

 

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O “caminho da felicidade” só não é fácil. Longe disso! Estar só assusta. Foi terrífico quando eu não me tinha aceite como sou com a minha história, os meus erros, enfrentando os meus medos, aceitando as minhas limitações, lidar com as frustrações.

 

Claro que há noites que gostava de partilhar, dias que gostava de dividir. Partilhar-me completa e não refugiar-me numa relação para tapar os buracos da alma... Mas não tapa buraco nenhum, apenas os aumenta quando as coisas não resulta. É como um remendo mal cosido.

 

Se eu não estiver bem comigo mesma, como poderei estar bem com outra pessoa a meu lado? Os medos, as frustrações indecisões vão contaminar quem está a meu lado. “Eu sou uma óptima companhia para mim mesma e não me importo de a partilhar com mais alguém” pode parecer presunção da minha parte, mas como dizia um anúncio há uns anos: “se não gostar de mim, quem gostará?”

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 #decisoes #descisões # lifechoices #só #alone

Quando percebi que era errado

Um jantar de aniversário... Até me poderia ter sentido um pouco deslocada. Apena conhecia o aniversariante e a mulher. Mas adoro-os. São super queridos. Daquelas pessoas que passo meses, ou até anos sem estar com elas, mas quando nos encontramos parece que não passou mais de um dia desde a última vez que nos vimos.

 

Nesse jantar, informal, numa tasca mesmo tasca – não o restaurante gourmet da moda mascarado de tasca de bairro com reinterpretação de bitoque – dei por mim a pensar nele, e nesse momento apercebi-me o quanto era errado, o quanto éramos errado, estar com quem eu julguei amar.

Ele não se enquadrava ali... Naquele jantar, com aquelas pessoas... Onde eu estava perfeitamente, ele não estaria bem.

 

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Se fosse a tasca fashion na zona hype da cidade, sim Mas não o restaurante de bairro que tratar pelo nome os clientes habituais, sabe quem prefere arroz às batatas fritas. Aquele restaurante onde basta um sinal para trazer os jarros cheios de vinho da casa para a mesa e não tem que se fazer sinal 50 vezes, até trazerem a nova garrafa e o copo para provar novamente antes de servir. Não, ele não encaixava num sítio onde as pessoas que estavam à mesa falavam alegremente do churrasco que fazem no Verão, junto à ribeira que passa no terrenos dos avós perdido no interior. Eventualmente se fosse um barbecue na quinta no Douro com flutes de champanhe para ajudar a suportar o calor.

 

Não, ele ficaria como peixe fora de água junto de quem vai abrir um negocio próprio, “porque está complicado arranjar empreso e lá no bairro o senhor da leitaria vai deixar o negocio e então decidimos pegar na pastelaria. Toda a gente toma café, não é?” Se fosse: “vamos abrir um restaurante com menu de autor na Avenida da Liberdade”, aí talvez...

 

Sim, de repente, do nada, no meio de pessoas maioritariamente desconhecidas, com os meus amigos, com os amigos dos meus amigos, percebi que aquele que eu pensei que podia ser uma grande parte da minha vida, era errado. Totalmente errado. Ou eu, ou ele teríamos que passar a ser outro, para estarmos juntos, ou então tínhamos momentos juntos e muitos momentos separados. E eu há uns anos tentei ser fingir algo que não era, para ser algo para alguém e, claro, não correu bem.

 

Se gosto da tasca fashion na zona hype? Gosto! Mas também não desgosto do restaurante que serve o vinho em jarro não por ser moda, mas porque sempre o fez dessa forma.

Se gosto de um cocktail ao fim da tarde na quinta centenária na encosta do Douro? Sim, se não tiver que fazer conversas de circunstância para poder desfrutar do ambiente. Máscaras e encenações, bastam-me as do dia-a-dia, do trabalho, do politicamente correcto.

 

Se gostei dele? Sim, sem dúvida, com todo o meu ser, mas o tempo ajudou-me a perceber que não era a pessoa para mim. E é interessante, que de repente numa situação aparentemente descabida, pequenos detalhes surjam, para mostrar que o que parecia tão certo em determinada altura, na verdade está completamente errado para o verdadeiro “eu”.

Não sei porque...

Não sei porque sai da tua cama enquanto dormias,

quando o que desejava era ver-te acordar e estar do teu lado...

Não sei porque fugi, quando o que queria era abraçar-te para não te deixar ir...

Não sei porque fingi que não significavas nada, quando foste o mundo para mim...

Não sei porque acordei quando o que queria era estar ao teu lado e esquecer o que existia lá fora.

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Há dias assim...

A vasculhar as "gavetas" do passado, esctitos de outrora

 

Há dias assim...

Há dias que sonho, outros tenho pesadelos

Ha dias que junto os pedaços do meu coração, há dias em que os despedaço

Há dias que choro de dor, outros de alegria

Há dias em que riu por medo, outros euforia

Há dias que refaço cada pedaço da minha alma

Há dias que os desfaço

Há dias que me deito, outros caio no chão

Há dias que me elevo ao céu

Há dias que conquisto o mundo, noutros ele me domina

Há dias em que amo, desejo

Há dias em que odeio, desprezo

Há dias cheios de solidão, outros vazios de dor

Mas faltam-me os dias em que estavas aqui.

Faltam-me os dias de ti...

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15 Outubro, 2012

E de repente chego a casa...

A vasculhar nos ficheiros antigos do computador, encontrei algo que escrevi há uns anos. Desabafos do passado... Sentimentos de outrora...

 

"E de repente chego a casa e dá-me uma imensa ressaca...

Sinto saudades do cheiro da tua pele quando tinha a cabeça pousada no teu peito, tenho saudades do teu beijo quando chegava a casa, sinto falta das tuas mãos  a tocarem-me no rosto, de passar a minha mão pelo teu cabelo.

Tenho saudades de ter-te deitado no meu colo, fazer-te carícias no rosto e ouvi-te dizer: “sabe tão bem, depois do dia que passei hoje”...

E de repente chego a casa... e tenho saudades... e sei que já passou... e que jamais voltará... e que tenho que te esquecer deste modo... e que devo guardar com carinho cada momento que passei contigo, mas que ainda doí quando lembro que acabou...

E de repente chego a casa e sei que ainda te amo..."

 

Quarta-feira, 10 de Outubro 2012

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Bitter Valentine?

Não sou a pessoa mais romântica à face da terra. Longe disso. A além disso detesto folclores, sejam eles quais forem. Quando se gosta de alguém não me parece que a forma ideal de demonstrar o seu amor é oferecendo um urso de peluche e uma rosa vermelha manhosa num determinado dia do ano... E já agora esquecem-se os restantes dias do ano. Para mim são mais importantes os pequenos gestos diários, ou mesmo um grande gesto fora da epoca comemorativa.

A pressão social para não estar sozinha/o neste dia é absurda. Parece que os solteiros são seres com alguma doença estranha e seres humanos incompletos. Mas no alto da minha solteirice quem é que está mais incompleto? Quem consegue bastar-se a si mesmo ou quem não consegue conceber a sua vida sem alguém consigo, mesmo que não seja feliz?

Bom mas isto posso ser só eu a ser azeda...

 

Black Valentine by Caro Emerald

Who needs a captain on a love ship?
Someone with no clue of the destination due bow
Ain’t that a trip?

Who needs a diamond on a hand of stone?
Someone with the hurt who couldn’t make it work,
A trophy because you slipped

Love can’t conquer anything
If it’s lost without a trace
You might be tough, you might even be strong
But not when you’re in this place

Secret lovers – get lost in the secrets they tell
They make lovers blind when they cover every inch of their lies
Secret lovers – it’s just your place of mind
A smoke and some wine is the life of the Black Valentine...