Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Universe Blast

Universe Blast

O pecado da “Gulli”

Já não é a primeira vez que vou até ao Gulli no Mercado de Cascais. Como é relativamente próximo do trabalho, quando há aniversários ou despedidas por vezes é o spot de eleição.

 

Gulli logo.jpg

 

Possivelmente da primeira vez decidi não escrever sobre o restaurante porque estava supercheio e embora a música de fundo fosse boa (quando se conseguia ouvir), a acústica da sala fazia com que fosse quase impossível conversar à mesa. Desta última vez, como a visita foi à hora do almoço, o espaço estava mais vazio, o que permitiu que não gritássemos para nos ouvirmos.

 

O espaço no Mercado da Vila (agora estamos na moda de converter os mercados municipais em centros de restauração) tem uma decoração em tons de verde e tem uns sofás estampados que parecem retirados directamente de uma espreguiçadeira de um parque de campismo dos anos 80 – com umas folhas de palmeira ou flora semelhante também em verde. Aliás as cores da natureza são a assinatura do restaurante: há ainda uma horta vertical numa das paredes, coordenado com madeira escura, os candeeiros são cinzentos. 

 

Gulli decoração.JPG

 

Decoração à parte, a focaccia servida de entrada é óptima: leve, fofinha e sente-se bem o sabor do azeite no pão. Desapareceu em segundos, mas o grupo achou melhor não pedir “refill” pois as doses são relativamente generosas e convém não ficarmos “k.o.” logo nas entradas. Decidimos passar logo ao prato principal – almoço em dia de trabalho não dá para nos esticarmos muito nas opções gastronómicas. Ora sendo o Gulli um “ristorante pizzeria napoletana” o menu tem, obviamente, maioritariamente pizzas e pasta. 

Gully todos.jpg

As pizzas têm a massa fina – o que é muito bom, odeio aquelas pizzas com meio metro de massa impregnada em gordura – e são saborosas. Mas não são nada de perder a cabeça – ou pelo menos não a que experimentei. Entre os colegas houve quem adorou - de comer e chorar por mais. Na minha incursão anterior, tinha experimentado os raviollis - bons, mas não fabulosos... A comida é boa, o serviço é normal. Para repetir? Talvez, mas não é nenhum pecado da Gula.

Bistrô na Guia: crepes com vista sobre o mar

A Casa da Guia, em Cascais, tem diversos espaços de restauração bem engraçados e com coisas muito apetitosas. Já tinha visitado o Bistrô na Guia, um desses espaços, no Verão, mas há uns dias voltei lá novamente. Mesmo com chuva! Sim, desta vez não fiquei na esplanada com vista para o mar, mas também deu para usufruir da paisagem. E, principalmente, a comida.

bistro na guia2.jpg

 Adoro crepes! Massa fininha, não muito doce e encher com mil e uma coisas (doces ou salgadas), com uma saladinha ao lado... Yammi! Uma perdição. O Bsitrô na Guia é um espaço ideal para um pequeno-almoço reconfortante, um brunch ou uma refeição ligeira, tem essencialmente crepes e omeletes. Os nomes dos crepes são inspirados em faróis nacionais.

Bistro na Guia1.jpg

Desta vez experimentei o Farol Santa Marta com lombo de salmão, alho francês, rúcula selvagem, limão, alcaparras e maionese de gengibre. Como não sou apreciadora de alcaparras, pedi para não as colocarem. A maionese de gengibre não é em excesso e quebra o sabor mãos doce e forte do salmão.

22out_bistro crepe Cabo Sta Marta.JPG 

O grupo ainda eram grandinho e cada um ficou com o seu farol. Outro dos crepes que chegou à mesa foi o Farol Cabo Carvoeiro com frango, queijo emental, tomate cereja, espinafres e maionese de caril. A Because of Reasons provou e adorou.

22out_bistro crepe Cabo Carvoeiro.JPG

Para quem acha que um crepe é almoço para quem não come, então é melhor pensar duas vezes antes de vir aqui. Os crepes são grandes. Sim, são mesmo grandes e acompanhados de salada. Na sobremesa mantivemo-nos fieis aos crepes e o grupo pediu para dividir um crepe com morangos e chocolate e outro com lemon curd e manjericão. E o “vencedor” foi, sem dúvida, o crepe com lemon curd. Simplesmente divinal.

IMG_4371.JPG

IMG_4372.JPG 

Bom ainda há uma série de “faróis” que ainda não visitei no Bistrô da Guia, por isso tenho que marcar na agenda mais uma visita para um destes dias.

 

(Nota: as fotos do espaço foram retiradas do site Casa da Guia. As fotos dos crepes são de autoria de moi mesme... )

O Pratinho (pouco) Feio

Festas de aniversário de amigos são sempre boas oportunidades para conhecer espaços novos na restauração lisboeta. Há uns dias, numa dessas ocasiões,  conheci o Pratinho Feio. Situado na zona de Santos, o restaurante abriu em setembro de 2014. Tem ambiente descontraído e acolhedor, com uma decoração clássica e de traça antiga.

pratinho feio 4.jpg

pratinho feio 1.jpg

É um restaurante de cozinha portuguesa com produtos nacionais selecionados, mas confeccionado com um toque arrojado. Visto que era um jantar de grupo a escolha não à carta, mas havia umas opções pré-definidas: Crumble de Bacalhau, Coxinha de Frango assado com molho de papaia e batata doce assada e uma opção vegetariana mas não que lembro qual... (a minha memória já não é o que era).

Nas entradas, além das cestinhas com pãozinho maravilhoso (sim sou grande fã de pães, em particular os de misturas de cereais), azeitonas bem temperadas e manteiga aromatizada com ervas, tínhamos ainda crocantes com tomate e orégãos. Uma delícia!

IMG_3859.JPG

No prato principal, a minha escolha foi para o Crumble de bacalhau. Como ia jantar decidi-me pelo peixe para ser mais saudável (e também porque ando a tentar diminuir o consumo de carne). O crumble é uma espécie de bacalhau com broa, contudo a crosta de pão que cobre o bacalhau tem uma consistência mais crocante. Estava bom, mas salgado para o meu gosto (e não fui a única a notar este ponto na confecção) . O vencedor da noite foram as Coxinhas de Frango assado com molho de papaia e batata doce assada. Foi a escolha que reuniu mais interessando e recebeu muitos elogios. Não provei mas tinha óptimo aspecto.

IMG_3864.JPG

 

As sobremesas é terão que ficar para uma prova posterior já que o bolo de aniversário era um imperativo.

O Pratinho Feio é um espaço simpático e acolhedor que merece uma visita mais calma. Mas não me posso esquecer que para a próxima visita tenho que chegar cedinho, já que estacionar em Santos é uma dor de cabeça.

pratinho feio 2.jpg

 

pratinho feio 3.jpg

Nota: as fotos do restaurante foram retiradas da da página de facebook do mesmo. As fotos dos pratos são da minha autoria, desde já as minhas desculpas pelo enquadramento.

 

Na Dona Tília não há só chá

Dona Tília-Casa de Chá já tem mais de um ano, mas ainda não conhecia este espaço em Lisboa. Situada próximo à Praça de Espanha (junto ao IPO mais precisamente), a casa da Dona Tília é uma casa de chá/restaurante acolhedora, de decoração vintage, e não se deixem enganar pelo nome, não é só casa de chá. Também há almoços e jantares.

 984206_707261615989843_7701990184884965317_n.jpg

Fui desafiada para lá ir jantar e... por onde começar. Só de me lembrar até fico com água da boca. Antes de ir à comida, tenho que referir que o ambiente é muito agradável e afável. Quase parece que estamos em casa. Aliás, o Nuno e o Bruno, quando chegamos ao restaurante, fazem questão de nos receber como se estivéssemos numa casa de amigos de longa data. O restaurante está divido em três áreas. Uma primeira sala com entrada directa da rua, o espaço com a decoração mais ao estilo café, digamos. Avançamos pela casa da D. Tilia e temos uma segunda sala mais reservada, com harmoniosas andorinhas na parede e um sofá que apetece ficar horas sentada na conversa. O pátio também foi aproveitado para espaço de restauração e para quem fuma, o local ideal para ficar (ou fazer umas incursões durante a estadia). 

10170743_643643255685013_4628659052741870302_n.jpg

10653537_716873975028607_8326370436812998061_n.jpg

 

11863244_871998216182848_8186495262351267856_n.jpg

 Ficamos pela sala das andorinhas onde na companhia de um maravilhoso “Papa Figos” começámos as hostilidades...

Ai ai ai... O Nuno e o Bruno decidiram apresentar-nos um mini-menu de degustação. Nas entradas Tiborna de Bacalhau estava deliciosa. Foi a primeira vez que provei esta iguaria e fiquei fã. Os Ovos Mexidos com Cogumelos também não ficaram atrás.

IMG_3729.JPG

Bom, mas ainda tínhamos mais umas coisinhas para experimentar: o Hambúrguer ao estilo da Dona Tília... Nham e mais um mundo de onomatopeias que consigam traduzir aquele hambúrguer!

Entre as sobremesas, o cheesecake olhou-me ternamente, mas optei pelo Bolo Folhado com Doce de Ovos (de comer e chorar por mais) e uma colherada no Pudim de Ovos (acho que ainda não disse comer e chorar por mais, pois não?) ... Espero que o Cheesecake não tenha ficado chateado comigo, pois para a próxima quer dar-lhe uma trinca.

 

É garantido o regresso à Dona Tília mas da próxima para um chá de outono com direito a scones e bolos de lanche...

Bienvenidos al México

Gosto muito de gastronomia mexicana... Bem sou fã de margueritas é melhor começar assim, e convém ter comida a acompanhar.

Fora de brincadeiras, há uns dias experimentar o restaurante Las Ficheras no Cais do Sodré em Lisboa. Sendo Verão e hora de almoço o restaurante não estava cheio. À noite a casa deve estar mais composta.

Falando na casa, adorei a decoração. Aqui não há os sobreros e mariachis que habitualmente decoram os restaurantes mexicanos por estas bandas, como se entrassemos numa cantina de um western dos anos 50. Neste campo Las Ficheras marca pontos pela originalidade e modernidade.

Exitem inúmeras máscaras dos míticos luchadores da lucha libre mexicana, a versão "hispânica" do wrestling. As máscaras são muito usadas na lucha libre. Inicialmente eram simples com cores para distinguirem um lutador de outro, actualmente são muito mais coloridas e com desenhos de animais, deuses, heróis antigos qual máscara cerimonial azteca e identificam o luchador durante a sua carreira. As máscaras estão dispostas em pequenos nichos ao longo de todo o restaurante, conferindo um ambiente underground ao espaço.

Ainda no campo da decoração, além das máscaras há algumas imagens de Caveiras do Día de los Muertos, coloridas, floridas, estilizadas como é suposto serem. Ao contrário da visão europeia das caveiras, a caveira mexicana simboliza a vida e afasta os maus espíritos.

Las Ficheras 2.jpg 

Las ficheras1.jpg

 

Os couverts do restaurante inclui cacahuates enchilados (amendoins tostados e temperados com sumo de citrinos e chili) para quem gosta de picantes, escabeche de hongos con chile (cogumelos temperados e marinados em molho vinagrete e chili) menos picante e os tradicionais totopos (chips de milho). Com o dia estava quente e o apetite não era muito, não me aventurei elas entradas para puder experimentar os prato principal. Escolhi Flautas de pollo composto por três tortilhas de milho estaladiças, recheadas com frango, queijo fresco, acompanhadas de “salsas verde e roja”, ou seja couve roxa alface laminhadas. O prato estava muito bom fresco e "fugiu" às feijoadas e molhos de natas que mais comuns.

Ah e obviamente a bebida foi a Marguerita La Fichera, no seu formato tradicional, mas com a inovação de ter pimenta de caiena no rebordo do copo para além do sal. Um toque bastante interessante!

O serviço foi bastante bom, o staff é simpático e os tempos de espera perfeitamente normais para a confecção no momentos. Fiquei com vontade de lá voltar e experimentar novos pratos.

las Ficheras 3.jpg

 

Vamos ao Mercado?

Eu sou do tempo em que os mercados eram os "supermercados" onde se faziam as compras do dia. Em criança, fui muitas vezes com a minha mãe ao mercado no sábado de manhã, fazer as compras da semana: os legumes e frutas frescos, o peixe acabado de vir da lota... Mas os tempos mudaram e os mercados começaram a ficar desertos, abandonados.

Por isso achei bastante interessante quando há uns dois anos (se a memória não me falha) o Mercado de Campo de Ourique foi reabilitado, passando a ter uma oferta de restauração, seguiu-se o Mercado da Ribeira, cuja reabilitação foi promovida pela revista Time Out... E agora temos o Mercado de Algés...

mercado algés.JPG

mercado de alges 2.JPG

Agosto, dia de semana, hora de almoço, pouca gente: pensei eu e os meus colegas no trabalho quando decidimos dar um salto até lá... Grande engano!

Cerca de um mês depois de ter sido inaugurado, a zona de restauração do Mercado de Algés estava muito cheio à hora de almoço. Quer no interior, quer na esplanada exterior um dos pontos de diferenciação dos outros mercados. A esplanada à volta do Mercado de Algés está acessível a todos os clientes e não está só limitada a alguns restaurantes. Um ponto positivo a favor deste espaço.

O Mercado mantém a zona de venda de produtos frescos, com as bancas renovadas e está separado da zona de restauração. Ou seja a zona de restauração é relativamente pequena e além dos restaurantes em volta ao centro encontram-se as mesas e cadeiras para consumo, o que torna a circulação no local um pouco dificil.

A área de restauranção está dividida em 16 espaços diferentes: 10 restaurantes, 2 gelatarias, 2 bares, 1 café e 1 pastelaria. Em termos de restauração decidi ir ao Atalho Burger House, pois era o espaço que não tinha fila. O hamburguer em bolo do caco estava bastante bom. No mercado de Algés, existem locais próprios para o pedido das bebidas, e pode ser mesmo pedidas à mesa, nas esplanadas. Como era dia de trabalho não me aventurei por cocktails ou vinho, fiquei por um refrigerante.

Para a sobremesa fomos até ao espaço da Artisani. Já me tinham falado muito desta geladaria, mas ainda nunca tinha provado nenhum gelado. E podia passar os dias comer estes gelados! Por onde começar?!

Pelos sabores mais tradicionais como morango e chocolate belga, maravilhosos! Ou o sabor tropical da manga? Ou o sorbet de limão e mangericão com vodka? Uma verdadeira delícia! A Artisani tem o que designam como "gelados com espírito": um gelado com um pouco de uma bebida espirituosa. Além do sobert de limão e magericão com vodka (fiquei fã, caso não tenham reparado), provamos ainda Chocolate com Vinho do Porto. Muito bom também!

IMG_3518.JPG

Em suma a experiência foi positiva! E nem que seja pelos gelados Artisani tenho que lá voltar novamente.